Boa noite galera! conforme prometido hoje abordaremos um tema que está preocupando milhares de pessoas e empresas no Brasil. No decorrer da semana pesquisamos diversos assuntos, mas devido ao momento, achamos que a crise econômica e a gestão de pessoas envolve um assunto cabível para que possamos absorver algumas informações que poderão ser úteis para o nosso dia a dia.
A busca por melhores resultados desconhece cenários de
incertezas econômicas. Metas precisam ser cumpridas, a inovação continua sendo
uma forte necessidade das organizações e projetos devem ser desenvolvidos ainda
que com recursos escassos. Produzir mais com menos praticamente se transformou
em um mantra no mundo dos negócios.
Para atingir estes objetivos, muitos gestores passaram a voltar
os olhos para o ambiente interno das empresas. Isto significa, em outras
palavras, reposicionar um de seus setores mais estratégicos: o RH.
Este reposicionamento é resultado das transformações do cenário
econômico e, consequentemente, dos impactos destas mudanças nas organizações.
Nada mais urgente hoje do que capacitar talentos, promover o desenvolvimento de
líderes, estimular a inovação e a motivação de equipes.
Para o mestre em Gerenciamento de Projetos pela USP e instrutor
do Ietec, João Carlos Boyadjian, empresas necessitam de uma gestão eficiente,
com processos definidos em sintonia com os atuais e novos projetos. O papel do
RH passa a ser fundamental nesta reestruturação: “É atual a questão sobre como
priorizar e solucionar problemas de forma integrada. Isto significa facilitar a
comunicação e a organização do trabalho”.
Para a diretora executiva da Santa Bárbara Engenharia, Maria
Vitória Dias, o RH deve motivar os funcionários a responderem de forma efetiva
às modificações no ambiente organizacional: “É imperativo prepararmos as
pessoas para atuarem em ambientes de mudança. Elas podem promover
transformações nas empresas, nos processos de capacitação ou até mesmo influir
para um novo cenário econômico”, afirma.
Da teoria à prática - A missão do RH é árdua e uma pequena
amostra dos desafios do setor vem traduzida pela pesquisa realizada pelo Ietec,
durante o 11º Seminário Nacional de Gestão de Projetos, que aconteceu em
2008, em Belo Horizonte. A pesquisa buscava medir a qualidade e a eficiência do
gerenciamento de projetos nas organizações. Para isto, o Ietec ouviu executivos
e especialistas de 97 empresas e 308 congressistas.
O resultado da pesquisa é preocupante. Entre as características
consideradas deficientes encontradas nos profissionais responsáveis por
planejarem e executarem projetos estão: a comunicação, o gerenciamento de
conflitos, a integração, a liderança e a iniciativa.
“A preparação para a mudança que deve ser proposta pelo RH é um
processo contínuo e fundamental para a sustentabilidade dos negócios”, afirma a
diretora executiva da Santa Bárbara Engenharia. Para ela, quando as pessoas
compreendem a mudança, elas se tornam menos ameaçadoras para a qualidade dos
projetos de uma empresa e conclui: “quem não muda, não sobrevive”.
Entre os temas a serem discutidos no painel “Gestão de Pessoas
em tempos de mudança”, está o papel da liderança e seu desenvolvimento a favor
dos negócios. Apesar de se tratar de um tema cada vez mais explorado nas
organizações, a liderança ainda é um desafio não somente para gestores mas
também para os departamentos de RH.
Embora para alguns gerir um projeto consiste apenas em
direcionar pessoas e conduzir ações, um líder desenvolve outras habilidades:
saber ouvir a sua equipe, conhecer seus problemas operacionais, compartilhar
informações e, sobretudo, propor alternativas.
“Não há solução mágica: o líder precisa discutir a sua visão,
estabelecer metas, focar em resultados, transformar erros em aprendizagem e
gerir conflitos”, afirma o professor da Fundação Dom Cabral e palestrante do
Seminário Nacional de Gestão de Projetos, Paulo Villamarim.
E por que o desenvolvimento da liderança é crucial nos dias de
hoje? Para Vilamarim, a atual crise econômica mundial está permitindo às
empresas o realinhamento das distorções e o ajuste das expectativas quanto às
oportunidades de negócios, remuneração de executivos, velocidade da carreira,
entre outros aspectos. Com isto, muda a liderança e a gestão de negócios em
todas as partes do planeta.
“Um dos maiores desafios do RH e dos executivos durante uma
crise, a meu ver, é evitar que as incertezas contaminem os funcionários e se
transformem em desespero. Isto exige processos de comunicação e de
relacionamentos consolidados”, conclui o professor.
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